Iniciado os trabalhos da C.E.V.

por Marcos Pires de Camargo última modificação 05/12/2019 17h30
Iniciado os trabalhos da C.E.V.

Vereadores analisam documentos no Hospital Municipal

A Comissão Especial de Vereadores (CEV) da Câmara Municipal já está atuando para levantar o que levou ao caos no sistema de saúde de Ibiúna. No último dia 17, os vereadores estiveram no Hospital Municipal, onde analisaram diversos documentos e verificaram, principalmente, as escaldas de plantões dos médicos, as planilhas de pagamento e outros papéis.

De acordo com o presidente da CEV, Pedrão da Água (PTB), nesta primeira etapa será realizada a analise de documentos e informações preliminares.

“Já pudemos constatar algumas irregularidades, como médicos tirando férias sem autorização, cartões de ponto totalmente fora dos padrões, pagamentos feitos de forma suspeita e outros problemas mais graves que ainda vamos manter em sigilo para não atrapalhar as investigações. Em seguida, vamos convocar algumas pessoas envolvidas para depoimentos na Câmara Municipal”, explicou o presidente.

A CEV foi formada pela Câmara para investigar as causas do caos em que se encontra a saúde publicado município. O setor, em apenas seis meses, já consumiu mais de R$ 12 milhões e, mesmo assim, faltam médicos plantonistas, ambulâncias, medicamentos básicos e outras necessidades no Hospital Municipal.

Durante os trabalhos no hospital, a CEV sugeriu a mudança imediata no sistema de marcação de ponto dos médicos. “A maneira como vinha sendo marcada a presença dos médicos é totalmente irregular. Parece até piada, pois o próprio funcionário marcava na ficha o horário que queria. Não havia nem livro ponto ou sistema de bater o cartão. Isso é um absurdo, não existe uma moleza dessa em nenhum lugar”, protestou o membro da CEV, vereador Jamil Marcicano (DEM).

Folhinha

O relator da CEV, Professor Eduardo (PT), pediu o levantamento detalhado sobre médicos que eram contratados como autônomos e recebiam por um sistema conhecido como ‘folhinha’. Segundo ele, há informações de que alguns médicos chegavam a receber até R$ 20 mil por mês através deste procedimento. “Acho isso um absurdo. Queremos saber quem contratava tais serviços, quem são os contratados e por que receberam tanto. Não pode um ganhar mais que outro pelo mesmo tipo de atendimento”, questionou Eduardo.

Claudinho do Rosarial (PDT) também questionou o sistema de escala do hospital e sugeriu que providências fossem tomadas o mais rápido possível. “Alguma coisa está errada e não pode continuar acontecendo. Queremos melhorar o atendimento a população, que necessita do hospital e precisa de assistência médica”, reforçou.

Em breve, a CEV vai convocar funcionários, médicos e prestadores de serviços e outros envolvidos com o sistema de saúde para prestarem depoimentos na Câmara Municipal. “Também vamos verificar a compra de medicamentos, onde foram usados os remédios, além das causas das frequentes quebras de aparelhos do hospital. Todos os documentos estão sendo analisados com rigor pelos vereadores, departamentos jurídico e de contabilidade da Câmara Municipal. Em seguida, vamos colher os depoimentos oficiais para chegarmos nas conclusões e apontarmos os responsáveis por este caos na saúde pública do município”, garantiu Pedrão da Água.

Por: Tiago Albertin

Assessor Jornalista