Vereadores de Ibiúna aprovam reajuste de 6% para os funcionários do município
A Câmara Municipal de Ibiúna aprovou, em sessão extraordinária, realizada na última terça-feira (23), um reajuste de 6% no salário dos servidores da prefeitura. Apesar de passar por unanimidade, o projeto causou polêmica entre os vereadores, que pediam um aumento superior ao proposto pelo prefeito Coiti Muramatsu (PV). “Queríamos um valor maior a este. Porém, temos que ter responsabilidade. O orçamento já está apertado e se concedêssemos um reajuste maior, poderíamos comprometer ainda mais as finanças do município. Acho que podemos pensar em algo para compensar aqueles que ganham menos, com uma gratificação maior por assiduidade ou algum outro benefício”, explicou o Professor Eduardo (PT).
Para o vereador Roque José Pereira (DEM) este aumento poderia ter sido escalonado, favorecendo os que ganham menos. “O prefeito poderia dar uns 10% para os que ganham pouco e que, muitas vezes, são os que mais trabalham. Já os que possuem um salário maior, nem precisam de reajuste. Assim seria mais justo. Outra forma de melhorar a situação seria aumentar o valor da cesta-básica ou algum outro benefício para os menos favorecidos”, sugeriu Roque.
Por outro lado, o vereador Ismael Pereira (PRB) explicou que por se tratar da revisão anual, não se podia, devido a uma Lei Federal, fazer um reajuste escalonado. “Nunca, na história de Ibiúna, uma administração valorizou tanto o funcionalismo municipal como a do Coiti Muramatsu. Primeiro foram os médicos que recebem um reajuste de mais de 40%; depois os procuradores; os funcionários da garagem, que receberam uniformes e equipamentos de proteção; os professores com o repasse das sobras do Fundeb e que, nas próximas semanas ainda serão contemplados com o plano de carreira. A atual administração tem consciência que se não valorizar os servidores, o município não anda. Criticar é fácil, mas temos que analisar e ver o esforço que estão fazendo para colocar o município nos eixos”, rebateu Ismael.
Já o vereador Paulinho Sasaki (PTB) informou que o reajuste deveria ser de, no mínimo, 9%. “É apenas uma revisão simbólica, que pouco vai contar para os já ganham um salário baixo. Foi uma forma que o prefeito achou de amenizar a situação”, protestou Sasaki.
O vereador Jamil Marcicano (DEM) disse que, no ano passado, em protesto votou contra o reajuste de 5% proposto pela prefeitura. Entretanto, neste ano foi a favor dos 6% por estar acima da inflação, que irá fechar o ano em 5,4% de acordo com previsão do IGPM. “Eu imaginava um aumento maior, mas veio o que é possível no momento. Temos que ter responsabilidade e aprovar o que dá”, relatou Jamil.
Além do reajuste para os funcionários da prefeitura, na mesma sessão foi aprovada a revisão no mesmo valor (6%) para os servidores da Câmara Municipal, secretários municipais, prefeito, vice-prefeito e vereadores.