Vereadores fiscalizam as contas da prefeitura
A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de Ibiúna realizou, na última sexta-feira (19), uma audiência para verificar as contas da prefeitura referente ao último quadrimestre de 2009. Na ocasião, foi constatado que o município fechou o ano com uma arrecadação total de R$ 87.585.639,92 e teve um gasto de R$ 78.311.049,52. Também foi divulgado pelo secretário Municipal de Finanças, Agenor Pereira de Camargo, que a gestão PSB/PV herdou uma dívida de quase R$ 35 milhões no inicio de 2009.
Ainda de acordo com os números apresentados pelo secretário, durante 2009 a prefeitura teve um saldo positivo de R$ 9.274.590. Entretanto, deixou restos a pagar no valor de R$ 4.946.892,18, além de R$ 7.367.098,35 em precatórios (dívidas judiciais).
O presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Claudinho do Rosarial (PDT) examinou os números e exigiu que o secretário detalhasse qual montante de dívidas deixada pela administração do ex-prefeito Fábio Bello (PTB).
Segundo relatório apresentando por Agenor, foram mais de R$ 11 milhões somente em dívidas a curto prazo herdadas em janeiro de 2009. Deste total, a atual gestão pagou, no ano passado, R$ 5.668.681,54. “O que complicou foi que boa parte deste montante não foi processado na passagem de governo, ou seja, foram aparecendo ao longo dos meses. Os números foram maquiados e isso comprometeu todo orçamento”, explicou o secretário.
Ele informou que também foram herdadas dívidas de longo prazo, vindas dos governos Fábio Bello e Jonas de Campos. Tais déficits chegam a quase R$ 25 milhões, sendo prestações a serem pagas as seguintes empresas: R$ 9.906.231,23 para o INSS; R$ 6.595.738,98 – Banco do Brasil; R$ 3.560.910,84 – Sabesp; R$ 3.280.727,53 (precatórios de pessoas físicas); R$ 550.000,00 para a Cetril; e R$ 53.263,84 – White Martins S/A.
Agenor alertou que muitas destas dívidas vem crescendo a cada mês, uma vez que o valor das parcelas não cobre nem ao menos os juros. “O déficit com o Banco do Brasil, por exemplo, já está em mais de R$ 7 milhões agora em fevereiro porque cresce mais que as prestações. É um poço sem fundo”, enfatizou.
Claudinho pediu para que o secretário providencie a renegociação desta dívida, para que o município não seja ainda mais penalizado. “Não podemos continuar pagando juros de uma dívida que só cresce. Tal contrato precisa ser revisto”, solicitou o vereador.
Também participou da audiência o vereador Roque José Pereira (DEM).